24/03/2015

Esse tipo de gente

Dias desses fui comprar tinta na C&C - Casa e Construção e ví no caixa uma revista chamada “Eu que fiz!”.
A revista é um projeto social da Editora MOL em parceria com a C&C e parte do valor pago pela revista é doado ao GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer).
Lá tem muitos projetinhos bacanas e fáceis de fazer.
O editorial abaixo dá a ideia exata do que é gostar de artes manuais. Me identifiquei tanto, mas taaanto, que reproduzo aqui para vocês.

Esse tipo de gente
“É um gosto que costuma vir da infância, quando a parte mais legal de brincar de boneca não era o faz de conta, e sim montar a casinha. É gente que nunca usou o uniforme da escola do mesmo jeito que os outros – sempre tinha uma moda para dobrar a barra da calça, uns cadarços diferentes, umas pulseiras inventadas. É o tipo de pessoa que, quando sai de casa, pode morar em apartamento alugado, com móveis usados e descombinando, sem dinheiro pra nada – que mesmo assim arruma uma lata de tinta e plim!, promove o milagre da decoração. (E todo mundo pergunta, admirado: mas você que fez?)
Tal qual um escultor que vislumbra a obra dentro da pedra, esse pessoal tem visão de raio-x para enxergar a beleza escondida em latas de molho, garrafas vazias, mesinhas achadas no lixo – e um impressionante talento para encontrar utilidade em caixas de feira e luzinhas pisca-pisca. Quando vê uma coisa bonita, no lugar de perguntar quanto custa, logo imagina como pode fazer igual (ou melhor). É uma gente que gosta de se dar ao trabalho: por que comprar pronto se você pode fazer? E dá-lhe assar biscoitos, tricotar cachecol, fazer enfeite de festa, tirar o presente do embrulho só para fazer um pacote mais bonito.
Faça você mesmo é um clube com sócios mais apaixonados do que os de qualquer time de futebol. É também a mais democrática das sociedades: mulheres e homens de qualquer lugar, idade, origem, estilo ou tipo de habilidade manual são calorosamente bem-vindos. Único pré-requisito: amar pôr a mão na massa, sem medo de sujar (nem de dar errado, porque às vezes dá mesmo)...” – Roberta Faria (editora-chefe)

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